O DESTINO DA ALMA APÓS A MORTE (JUSTOS E INJUSTOS)
Em Lucas 12 versículos
16 a 20, O Senhor Jesus conta-nos a parábola do rico insensato. Um homem
materialista ao extremo, pois suas posses eram mais importantes do que
quaisquer bênçãos espirituais da parte de Deus. Observamos que há uma grande
preocupação com o que perece (bens materiais) em detrimento ao que permanece,
(a vida eterna).
Algo bem típico daqueles que são adeptos da teologia da prosperidade
apenas material, e esquecem-se da verdadeira prosperidade que são todas as
bênçãos de Deus
na vida do ser humano. Em primeiro plano, estão as bênçãos espirituais
e consequentemente virão as bênçãos materiais. Este é o sentido da verdadeira
prosperidade. Porém no versículo 20 deste mesmo capítulo, Deus lhe afirmou:
Louco! Esta noite arrebatarei a tua alma, e todos os bens que tens entesourado
para quem ficarão? Nossa vida não apenas consiste em bens materiais, e sim
espirituais. Nossa alma (nosso ser) é muito importante para Deus e devemos nos preocupar
bastante com esta realidade, pois quando da nossa morte, não levaremos nada
material.
Como já vimos no estudo A SALVAÇÃO DA ALMA, a alma
é a sede das emoções, ela é responsável por nossos sentimentos e desejos, é a
parte imaterial do nosso ser. É a nossa essência, a nossa própria vida. Nosso
corpo faz parte do ser que somos para estarmos em contato com o mundo que
vivemos, mas aquilo que somos é o que chamamos de “nossa alma”. Ela foi
colocada em nossa “psique” (mente/intelecto) e unida ao espírito que O Senhor
Deus nos deu, forma exatamente o que somos; alma vivente. A Bíblia afirma que a
alma não morre, conforme Lucas 16 versículos 22 a 24 e Apocalipse 6 versículos
9 e 10. Assim sendo, estaremos vivos após nossa morte física. Entretanto, onde
existiremos? Qual o destino da nossa alma após a morte?
ANTES DA RESSURREIÇÃO DE JESUS CRISTO
As palavras “Sheol” em hebraico e “Hades” no
grego referem-se ao lugar para onde iam todas as almas após a morte física,
havendo, no entanto uma divisão para os justos (O Seio de Abraão ou Paraíso) e
outro para os injustos, (Hades - lugar de tormento/prisão). Estes lugares eram
separados por um grande e intransponível abismo. Jesus ensina-nos estas
verdades, quando apresenta-nos a história do rico avarento e Lázaro. (Lucas 16.
19 - 26). Nesta história, o Senhor nos ensina que existe plena consciência após
a morte física. Porém a palavra “Hades” poderá ser traduzida algumas vezes por
inferno, sepultura ou morte.
DEPOIS DA RESSURREIÇÃO DE JESUS CRISTO
Em Mateus
16. 18, disse Jesus: Pois também eu te digo, que tu és Pedro, (em Grego Petros
- pequena pedra) e sobre esta pedra (em Grego Petra – grande rocha/Jesus)
edificarei a minha igreja, e as portas do “Hades”, ou seja, os poderes da morte
e todas as forças opostas a Cristo, não prevalecerão contra ela. Ainda em
Efésios 4 versículos 8 e 9 temos: Por isso é que é declarado: Quando Ele subia
em triunfo às alturas, levou cativos muitos prisioneiros e distribuiu dons aos
homens. O que significa “Ele subiu?”, senão que também desceu às partes mais
baixas da terra? Isto é, até o mundo dos mortos.
Estes textos revelam que entre a morte e a
ressurreição de Cristo, houve uma grande mudança no cenário do “mundo dos
mortos” com relação aos que morrem em Cristo Jesus (os justos). Entendemos que
Jesus ao ressuscitar mudou o Seio de Abraão (O Paraíso), para outra dimensão
celestial conforme o texto de Efésios 4 versículos 8 e 9. Pois o texto diz que
Jesus antes de subir ao céu, desceu às partes mais baixas da terra e levou
cativo o cativeiro, isto é, levou para o céu, todos os justos que haviam
morrido antes de sua morte e ressurreição, e que anteriormente deciam para o
Seio de Abraão. Agora, eles teriam um lugar especialmente reservado, um lugar
próximo do seu Senhor, conforme foi dito ao ladrão arrependido: “Hoje estarás
comigo no Paraíso”. Inclusive, o
Apóstolo Paulo nos dá a ideia desta grande mudança, e da inefável glória deste
lugar quando fala da experiência de alguém, certamente ele mesmo, que subiu ao
terceiro céu, foi arrebatado ao Paraíso e lá, ouviu palavras inexprimíveis, as
quais não são possíveis comentá-las. Portanto o Paraíso é o lugar de descanso
dos justos, um lugar de paz, gozo e alegria. O paraíso é o lar eterno dos
justos. Já os injustos (aqueles que se esquecem de Deus, desprezam o sacrifício
de Jesus e as verdades contidas na bíblia sagrada), descerão ao mesmo lugar de
anteriormente, e aguardarão o grande dia do julgamento eterno. (Apocalipse 20
versículo 12.)
“No entanto, a nossa cidadania é dos céus, de onde
aguardamos com grande expectativa o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que
transformará nossos corpos humilhados, tornando-os semelhantes ao seu corpo
glorioso, pelo poder que o capacita a colocar tudo o que existe debaixo do seu
pleno domínio.”
(Filipenses
3. 20, 21)
Vale a pena ser
justificado por Cristo!
Pr. Gilberto Arnaldo dos Santos
1º Secretário da CGASB
Igreja Sede - Paulo Afonso/BA